Quando tiro os meus óculos de Alcanena, aproveito para ver algumas coisas... Aqui ficam alguns relatos dessas experiências..

12
Nov 15

Alguns pontos prévios:

1 - A nossa democracia é uma jovem! Pelo menos, algumas vezes chamam-me jovem (e fico todo contente) e ela é pouco mais velha do que eu! E talvez por isso, não estamos habituados a que estas situações aconteçam...

2 - Nas eleições são eleitos os deputados e contiuída a Assembleia da República, diria que temos assim uma democracia representativa... É claro que o famoso método de D'Hondt tem de perdurar, uma vez que não se pode cortar deputados aos bocados (embora nalguns casos não se perdesse nada!)

3 - Para ser aprovado um programa de governo é preciso uma maioria absoluta, ou sendo uma maioria relativa que parte dos restantes se abstenha. E com uma moção de censura o governo cai...

 

Ora bem, está tudo muito escandalizado porque quem nos vai governar é uma maioria que não foi eleita (penso que 122>107 e por isso, é uma maioria!). Aliás o anterior governo também não tinha à partida uma maioria absoluta...

Imaginemos a seguinte situação (ouvi esta ideia na rádio por uma senhora popular - só para diferenciar dos comentadores políticos):

Temos 10 partidos: A, B, C, D, E, F, G, H, I J (quase que me perdia com tanta letra). O partido A tem 24 deputados, o partido B tem 22 deputados e todos os restantes têm 23 partidos - fazendo os 230 deputados, para quê tantos!

Pergunta: faz sentido que sejamos governados pelo partido A só porque tem mais um deputado? (e no nosso sistema eleitoral até podia ter menos votos do que os outros partidos)

Certamente dirão que não... (pelo menos se forem sensatos) Qual a solução? Vários partidos terão de fazer alianças... Podem dizer que são "jogos de poder", manhozices, o que for... para mim, é a democracia a funcionar, pois fomos nós que os elegemos!

 

Como evitar que aconteça isto?

1 - Fazer como nos Estados Unidos da América: Quem ganha em cada estado (distrito) leva os deputados todos desse distrito! É mais fácil haver maiorias, mas pode ganhar quem tem menos votos...

2 - Implementar círculos uninominais. O que para mim, ainda é pior! Aí é que um partido com menos votos pode ter mais deputados

3 - Lista nacional: penso que isto seria o mais razoável, aí estamos a votar num programa; a proporção de votos e de representantes seria mais equilibrada (reparem que a 38,36% dos votos correspondem 48,52% dos deputados, os tais 107 deputados) e fazendo valer muitos votos que "se perderam"

Mas não há soluções perfeitas, espero que exista apenas soluções boas para Portugal...

 

Nota Importante: não está em causa as ideias orientadoras de cada partido, o que os divide e o que os une... Agora são estes três, um dia destes podem ser outros ou uns 5 ou 6... Por mim, desde que se entendam e que Portugal ande para a frente tanto me faz... Mais, esta conversa tanto serve para estes partidos ditos de "esquerda" como para quaisquer outros!

observado por mula às 18:35

24
Jun 10

... e a matemática da vida! chamo a vossa atenção para este artigo do Público.

 

é claro que existem culpas de parte a parte (ensino básico, secundário e superior) para chegarmos a uma situação em que a Matemática é vista como um "bicho-de-sete-cabeças".

 

mas quando quase 30% dos alunos que tiveram 12 anos de Matemática, no ensino básico e secundário, não sabem somar 1/2 mais 1/2, desculpem, mas algo vai mal!

 

podem vir os pedagogos que vierem, mas esta é daquelas coisas que tem de começar a ser corrigida por baixo, ou seja, no ensino básico... e logo no 1º ciclo!

 

é que minha gente, tenho uma notícia para vos dar: a Matemática é  D I F Í C I L!

 

requer dedicação, esforço e tempo! um professor meu dizia: "são 10% de inspiração e 90% de transpiração"... eu até diria que é ainda mais de transpiração!

 

podem pensar, como a comunicação social quer que todos pensemos, que a Matemática não serve para nada, reparem neste exemplo:

 

quando estes senhores doutores e engenheiros, que me irão pagar a reforma, pedirem 1/2 de euro a uma pessoa e mais 1/2 de euro a outra pessoa e ficarem à espera de ter 1,5+1,5=3 euros e virem que afinal só têm 1 euro, de certeza que os impostos vão aumentar e a minha reforma não me vai chegar... por isso estou preocupado!

 

PS: por conhecimento de causa, o ensino superior também embarcou no barco, com os fracos alunos que entram, não é no superior que se mudam mentalidades, fracos trabalhadores saem...

observado por mula às 10:46

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